Tenho pacientes que se sentem imprestáveis por conta de dores crônicas. Eu sei como é. Passei a vida achando que eu tinha apenas várias tendinites porque forcei o corpo dando aulas de yoga. Certa feita, perguntei ao psiquiatra se a dor atrapalhava um sono restaurador. Foi o período em que achei que era Síndrome do Periforme.
Recentemente, um médico me diagnosticou com Fibromialgia: 25 anos sentindo dor para descobrir que não tem muito que fazer.
Voltando aos pacientes, a dor crônica tira o prazer da vida e um funcionamento equilibrado do corpo. A dor paralisa (literalmente). Uma das analisadas tem endometriose e se sente um lixo por não poder executar tarefas simples como cozinhar, fazer crochê e cuidar das filhas.
As dores tensionam o corpo e a mente porque queremos ser funcional e o corpo diz: not today, honey (tradução livre: hoje não, querida). É possível sentir alívio com antidepressivos ou usar cannabis. Um outro paciente relata se sentir mais relaxado com o uso legal. Também já ouvi relato de uma conhecida.
Chega num ponto que a gente implora pelamor tira essa dor de mim. Como ter prazer e relaxar quando os músculos se contraem com constância? Os remédios ajudam, mas a dor crônica estará com a gente até o último suspiro. Por isso, é importante fazer terapia para entender os limites do corpo para ter uma mente sã.
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