Há momentos na vida em que a gente se dá conta que a pessoa que está próxima e nunca sequer se importou com a gente. Um dia, eu comento sobre narcisismo por aqui. Só não sei quando. Ontem, me dei conta de que eu sinto saudade de uma pessoa que nunca existiu. Estava na minha mente todos os risos, todos os momentos bons. Mas, eu não estava ali compartilhando risos e dores porque estes instantes só existiram para mim. Eu era apenas alguém a ser suportado para evitar a solidão. Eu amei sozinha. Eu era substituível. Dói a traição. Foi mesmo traição? De certa forma, foi. Parecia que eu era especial, que era importante e nunca fui. Para não lidar com essa dor, fiquei com obsessão com tricô. Não resolve, né? Foram anos de vivências que eram uma ilusão. Agora, fico tentando achar um sentido para seguir em frente. Pensei: sinto falta. Imediatamente, veio a frase da música Índios da Legião Urbana: saudade do que sinto de tudo que eu ainda não vi. Eu mudei a frase: saudade de tudo que e...
Eu preciso deixar isso registrado porque meu pai está impossível. Quando ele me pergunta a mesma coisa várias vezes no dia, é tranquilo. Tentar explicar algo? Impossível. Teve uma vez que meu filho estava falando comigo ao telefone eu já havia tentado explicar como era o pagamento do pacote Office e ele não entendia o funcionamento de cartão de crédito. Meu filho: Você já explicou? Eu comecei a chorar de não conseguir falar. Tive que passar o telefone para minha mãe. Vamos ao hospital. Meu pai sentiu dor no peito e foi só para o hospital. Acho que eu estava atendendo. Enfim, eu e minha mãe ligando para ele. A loucura estava tamanha que dizia que estava na UTI. Minha mãe deu dinheiro, fui de Uber. Cheguei bem na hora que o médico foi vê-lo e esclareceu que era ansiedade. Perguntei qual era o sossega leão. Rivotril. Ok! Eu não sei dirigir carro automático e ele não tinha condições de dirigir. Sem dinheiro de volta e com a Rainha da Inglaterra (o apelido que dei ele porque tenho que parar...